O
IMPACTO DA EMANCIPAÇÃO FEMININA NA EDUCAÇÃO DOS FILHOS
Wellington Gama
Cruz*
Resumo:
Com
a pretensão de comprovar que a emancipação feminina tem causado grave impacto
na educação infantil, pois hoje a maioria das mulheres, não possui só dupla
jornada no seu dia e sim no meu ver tripla: Emprego, casa e filhos.Isto
demonstra a ineficiência na tentativa de educar os filhos. Devido aos fatores
históricos e culturais em nossa sociedade, as atividades domésticas sempre foram
exercidas pelas mulheres, enquanto a figura paterna era responsável pelo
sustento da casa, onde olha ou cuidar dos filhos estes era isentos, ou
ausentes. Porém, no mundo contemporâneo que vivemos alguns tentam substitui a
figura materna com raros êxitos. Devido a este embate, neste artigo pretendo
mostra que fatores, históricos e sociais comprovarão que o homem não conseguirá
suplantar a mulher na educação dos seus filhos.
Palavras
Chaves: Emancipação, Mulher, Educação, Filhos.
Desde dos primórdios, já existia a divisão de trabalho, isto observado
sob a ótica da visão sexual de atividades no dia a dia, mostrado por Perrot
(1988) citado por Oliveira (1999, p.59):
Tanto as mulheres consideradas livres, como as
escravas eram responsáveis pela manutenção das atividades referentes ao espaço
doméstico como comida dos homens, o cuidado das crianças, a busca de água e a
lavagem das roupas.
Constato que desde os
primórdios as tarefas domesticas e educação dos filhos, desde desta época era
de responsabilidade das mulheres, que eram condicionadas unicamente a serem
escravas do lar e de seus maridos, onde não poderiam almejar mais que isto. E
neste contexto já se ver a importância da mulher na sociedade. E total
desinteresse e despreparo do homem na educação da sua prole.
Com as transformações
ocorridas no passar dos séculos, principalmente as tecnológicas com o invento
dos eletrodomésticos. Foi possível se automatizar as atividades domésticas,
como lavar, passar, bordar, costurar graças a invenções como ferro de passar,
fogão automático, maquina de lavar e etc. Além da invenção dos contraceptivos
que ajudou a ter controle de natalidade onde, nesta época sec.XIX o número de
filhos era alarmante. Esta fantástica transformação provocou um impacto
econômico e social, Assim a emancipação feminina começou a ser caracteriza com
a conquista do direito ao voto, desde então a mulher consegue a participar em
pé de igualdade com os homens nas atividades socioeconômicas. Todo este
desenvolvimento a meu entender já impacta sutilmente na educação das crianças,
pois a mulher começa a entra no mercado do trabalho cada vez mais precocemente
faz com que sua prole que já era órfã do pai sinta isto em relação à mãe, pois
o desenvolvimento psicossocial tende a começar a ser passados e repassados com
auxilio da escola e cada vez mais vinculados ao uso da televisão.
Historicamente
o lugar destinado à mulher tem sido o lar, as questões domésticas [...]. As
mulheres correspondem “por natureza” o cuidado dos filhos, da casa e dos pais
velhos: funciona como um mandato a quem devem responder e, em muitos casos,
isto é requerido por outras mulheres [...]. (Cortazzo, 2000, p.157)
A figura materna sempre
foi importante no educar dos filhos, pois além ensinar, boas maneiras, cuidava
alimentação, higiene, ensinamento de atividades, cuidar dos seus pais e ainda
tinha a tarefa de cuidar dos pais dos seus respectivos esposo. Mais com a
entrada da mulher no mercado profissional fez com a educação dos filhos em alguns casos
fossem feito por avós que no inicio foi visto como solução, mas hoje não tem
sido visto com bons olhos, pois estes não conseguem seguir uma dinâmica ativa
com os netos. E assim a continua inserção feminina nas atividades extra casa
tem contribuído para grande evasão escolar e grande índice de repetência de ano
por parte dos seus filhos, pois esta gasta todo seu tempo trabalhando e quando
chega em casa cabe-lhe ainda as atividades doméstica, e ainda quando tem um
conjugue este nunca esta interessado em dividir as tarefas ou orientar ou
cuidar das crianças ou até mesmo saber como foi seu dia ou como anda suas notas
ou comportamento na escola. Mesmo quando alguns pais em raras ocasiões
conseguem dividir a educação dos seus descendentes, o homem se destina sempre a
atividades de maior esforço físico.
Em contraponto, as
escolas que não estão preparadas pra tal carga tem tido papel de solucionar a
ausência da educação doméstica e assim tentar fazer dois papeis o de pai e o de
transformador de seres pensante e formadores de opinião. Mesmo atualmente os
homens tentam toma as redias da educação dos filhos com poucos êxitos, pois dão
instruções machistas as crianças do sexo masculino e do sexo feminino
instruções do tempo de seus avós.
O Filme A Servidão Moderna de Jean François Brient
(2009). “Onde relata que a criança é
criada e educada pelo sistema social com a presença mínima dos seus pais.”
A criança é a primeira
vitima do nosso sistema social atual, pois a cumplicidade dos pais que se
desapropriaram de sua educação faz com que estes se tornem estúpidos
consumistas e sem capacidade de fazer criticas.
A mulher tem tripla jornada
e mesmo assim com todo este desdobramento não tem dado conta da educação dos
filhos satisfatoriamente e mesmo em alguns casos com a participação dos homens
ainda tímidos pelos fatores históricos comprovados neste artigo. Chego à
conclusão que na contemporaneidade a mulher para ser mãe e consegui educar e preparar
seus filhos, para vida deve conseguir gerir ou ter condições financeiras
satisfatórias. Ter uma diarista que irar fazer os seus trabalhos domésticos já
seria uma saída. Sendo assim restaria a mulher dividir seu tempo entre educação
dos filhos e a vida com seu conjugue e a participação incondicional deste e o
trabalho fora de casa, isto seria a meu ver a condição mínimas para obter um
resultado satisfatório pois nenhum homem é capaz de fazer tarefas domesticas,
trabalha na rua e cuida dos seus filhos, pois não está condicionado nem é de
sua natureza.
“Eduquem-se as crianças
e não será necessário castigar os homens” Pitágoras
Referências
BRIENT, Jean François. A Servidão Moderna. Documentário, 2009
CORTAZZO, Inês. Saúde
e Trabalho. Arquivo de Medicina Preventiva, n.7. Porto Alegre: Faculdade de Medicina, UFRGS,
1985.
OLIVEIRA, Eleonora Manicucci. A mulher, a sexualidade e o trabalho. São Paulo: Hucitec CUT-
BRASIL, 1999.
PITÁGORAS, citado em Prevenção e Repressão da Criminalidade. Pag.130, Orlando Soares,
1983